Hoje tenho alma que sobra, palavras distantes, designios esquecidos, silêncios gritantes...
Tenho um canto que nunca cantei, palavras que jamais te direi.
Tenho Inverno na voz e pânico no olhar, tenho um sopro no peito e uma música para te cantar.
Mas tenho versos e palavras vazias para que saibas que quando canto não soam apenas sinfonias...
Quero ser a alma de teatros, pintar quadros usados, e compor pequenas melodias, quero ser mais do que sou, mais do que querias!
Quero seguir sem rumo, mover o Mundo e sentir o vento.
Quero que me fales assim, sem sentido, rendido e apaixonado.
Fala-me das estrelas, do mar, e da lua, fala-me de ti e sou tua!